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VARIÁVEIS DO TREINAMENTO

23 de março de 2018
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por Prof. Eduardo Tanaka, Reg. CREF: 108469-G/SP

Resistência Muscular

Resistência muscular é a qualidade física que dota um músculo da capacidade de executar uma quantidade numerosa de contrações sem que haja diminuição na amplitude do movimento, na frequência, na velocidade e na força de execução, resistindo ao surgimento da fadiga muscular localizada (DANTAS, 1998, p.172).

Aprendizagem Motora

Segundo Magill (1984; 2000), a aprendizagem é o centro de toda educação, onde deve ser priorizada a interação professor-aluno. O professor deve entender como indivíduo aprende e quais condições afetam sua aprendizagem.

A aprendizagem motora pode ser definida como uma mudança no estado interno do indivíduo, inferida de melhora no desempenho motor como resultado da prática. Já o desempenho motor é o comportamento observável, associado à capacidade de realização de tarefas motoras, que agrupa componentes da aptidão física relacionados à saúde (força muscular, resistência muscular, resistência aeróbica, flexibilidade articular e composição corporal) e ao desempenho (velocidade de movimento, agilidade, coordenação, equilíbrio e energia). (MAGILL, 1984).

Força

É a quantidade máxima de força que um musculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de movimento em determinada velocidade específica (KNUTTGEN & KRAEMER, 1987)

Potência

É a taxa de realização de trabalho. A potência durante uma repetição é definida como o peso levantado multiplicado pela distância vertical pela qual ele é levantado dividido pelo tempo para completar a repetição. A potência durante uma repetição pode ser aumentada pelo levantamento do mesmo peso na mesma distância vertical em um menor período de tempo. A potência também pode ser aumentada levantando-se uma carga maior na mesma distância vertical e no mesmo período de tempo de uma carga mais leve. Portanto, o único modo de aumentar a potência é aumentar a velocidade de movimento ou levantar uma carga maior na mesma velocidade ou em velocidade maior do que aquela em que é levantada uma carga mais leve. (FLECK & KRAEMER, 2006).

Flexibilidade

É um termo utilizado para descrever um componente de aptidão relacionado ao bem-estar físico. A flexibilidade é considerada como um importante componente da aptidão física, relacionada à saúde e ao desempenho atlético. Embora ela não seja a única qualidade física importante na performance, ela está presente em quase todos os desportos, fazendo-se necessária também para realização de atividades de vida diária de qualidade.

É muito importante, pois favorece uma maior mobilidade nas atividades diárias e esportivas, diminui o risco de lesões, favorece o aumento da qualidade e quantidade de movimentos e uma melhora da postura corporal.

Sabe-se que a maioria das atividades de vida diária requerem um grau relativamente normal de flexibilidade. Contudo, certas atividades como ginástica, balé ou caratê, exigem maior flexibilidade para atingir desempenho superior. O conhecimento e a prática do alongamento garantirão uma boa flexibilidade que permitirá a execução de movimentos com amplitudes articulares dentro de suas necessidades específicas, diminuindo a suscetibilidade de lesões e permitindo a obtenção de arcos articulares mais amplos, possibilitando a execução de movimentos que de outra forma seriam limitados.

Treinamento concorrente (substituído pela resistência metabólica)

O Treinamento concorrente (TC) vem sendo muito utilizado nos programas de exercícios físicos. Diante disto, tornou-se um tema bastante estudado por pesquisadores da área. Contudo, o efeito do TC é um assunto bastante controverso. Os resultados dos estudos são divergentes. Os achados da presente pesquisa demonstram que o Treinamento aeróbio (TA) pode prejudicar negativamente o Treinamento de força (TF), entretanto, essa interferência não foi constatada em algumas pesquisas. Todavia, os exercícios de força quando adicionados aos exercícios aeróbios parece melhorar o desempenho de alguns indivíduos no que se refere ao condicionamento cardiopulmonar. Gomes et al. (2003), corrobora com a presente pesquisa, pois em seu estudo relata que a maioria das pesquisas demonstram que o TA não sofre interferência do TF. Contudo, os resultados do TF parecem ser atenuados pelo TA. De acordo com o autor supracitado, Dudley & Djamil (1985), expõem que estudos mostram que a utilização do TA e TF simultaneamente prejudica o desempenho da força, mas auxilia no ganho aeróbio. Estes resultados estão de acordo com o estudo realizado por Tanaka & Swensen (1998). Os autores concluíram que indivíduos treinados em exercícios aeróbios melhoram seus desempenhos na corrida e no ciclismo quando adicionam exercícios de força em seus programas de treinamento Conforme Leveritt et al. (2003), a execução do TC tende a prejudicar a hipertrofia muscular, porém, a junção dos exercícios aeróbios e de força parece melhorar o desempenho em atividades de longa duração. Para Kraemer et al. (1995), a explicação para um menor ganho na hipertrofia muscular seria pelo fato do TA promover um estresse oxidativo, degradando as proteínas miofibrilares. Segundo Mcardle et al. (2005), apesar do TC proporcionar um menor aprimoramento da força e potência muscular que o TF isolado, não deve ser descartado por indivíduos que buscam um melhor condicionamento físico. Para Vasconcellos et al. (2008), o TC é mais vantajoso que o TA ou o TF realizado isoladamente quando se quer adquirir melhoras nos aspectos funcionais. Alguns achados na literatura apontam que a ordem de execução do TC é um fator importante no desempenho do indivíduo. De acordo com Cadore et al. (2010), as adaptações fisiológicas são reduzidas quando se executa exercícios aeróbios e de força na mesma sessão de treinamento. Esse fato seria atribuído à fadiga muscular ocasionada pela primeira atividade realizada. Conforme Gomes & Aoki (2005), quando o TC é utilizado por indivíduos ativos em suas rotinas de treinamento pode prejudicar o seu desempenho devido o efeito de interferência causada pela atividade inicial. Para Aoki et al. (2003), os exercícios de resistência aeróbia realizados antes do TF proporcionam efeitos deletérios, tais como, a redução dos estoques de glicogênio, desidratação, acúmulo de lactato, etc. Em contrapartida, o TF pode ser afetado por fatores motivacionais e disponibilidade de substrato energético (creatina fosfato e glicogênio muscular). Para indivíduos que buscam o emagrecimento e/ou prevenir doenças relacionadas ao excesso de gordura corporal, o TC parece ser uma estratégia eficaz. Segundo Lira et al. (2007), o TC vem sendo muito utilizado por indivíduos que buscam o controle ponderal através do aumento do gasto energético que essa estratégia proporciona. Silveira (2012), realizou um estudo com 50 adolescentes obesos, durante 20 semanas. Foram realizadas 3 sessões semanais com duração de 60’ (50% TA e 50% TF). Os resultados mostraram redução no percentual de gordura total e do tronco, IMC, colesterol total em ambos os sexos, concentração de insulina e triglicerídeos no sexo masculino. Além disso, proporcionou aumento de massa magra nos homens. O autor considerou que o protocolo utilizado foi eficiente para a redução das variáveis de composição corporal, melhora no perfil lipídico e redução na prevalência de síndrome metabólica.

Agilidade

A agilidade tem sido tradicionalmente vista como simplesmente a capacidade de mudar de direção rapidamente (BLOOMFIELD et al, 1994), ou, também, a capacidade de mudar de direção rápida e precisamente (BARROW et al, 1971). Já Sheppard e Young (2006), em um conceito mais atual, definem agilidade como a capacidade do atleta de movimentar seu corpo inteiro mudando de forma rápida a sua velocidade ou direção em resposta a um estimulo. Alguns estudos apresentam a ideia de que a agilidade está diretamente relacionada com o tempo de reação a tomadas de decisões dos indivíduos como, por exemplo, a espera por um tiro na largada de uma prova de 100 metros rasos, ou é totalmente aberto, com situações inesperadas, como desviar de um adversário que impede a sua passagem em meio a uma partida de polo aquático.    

Sobre o Autor:
Cross Fight

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